domingo, 28 de novembro de 2010

Continuar ...



Depois desse tempo ausente, tirado para uma reflexão simples e objetiva da minha atual situação sócio-cultural e emocional. Retorno com a certeza de que a vida nada mais é do que aquilo que queremos...

A vida é apenas reflexo do nosso mundo interior, dos nossos pensamentos e sentimentos. E também dos nossos sonhos e desejos. Assim como podemos fazer novas escolhas, podemos alterar nossos reflexos e a nossa vida.

Quando nos deparamos com o fim de um sonho sempre somos tomados pela desilusão que nos arrasa e dilacera sem a menor compaixão. Mas será que tem que ser assim? Quando um sonho acaba, outro começa!

Não falo de ilusão... Falo de esperança e realizações. Por experiência própria seja no âmbito pessoal, emocional, sentimental e profissional... Não adianta insistir com as lágrimas se o que precisamos é arregaçar as mangas e abrir um novo caminho!

Meses se passaram e eu penso na minha dor e lágrima, tentando entender o como e a razão de todo o meu sofrer, procurando as minhas falhas e culpa. Gastando energia vital para me afunda na depressão, esperando a complacência dos outros. Isso sim pura ilusão!

Não adianta ficar com raiva de mim mesmo, porque precisei passar por tudo isso para aprender. Hoje troco as minhas lágrimas por suor... Um sonho só pode se realizar através da incorporação do desejo com a ação. Esse é o preço que temos que pagar!

Assumir a responsabilidade da própria vida, é saber que vamos encontrar momentos difíceis onde vamos encontrar dor, dúvida, resistência e claro superação. Nesses momentos encontramos dentro de nós respostas valiosas, mas é preciso saber escutar!

Viva cada dia, como a intensidade que o seu coração quer... Escolha o que lá no seu íntimo você já escolheu. Dissolva as suas máscaras e aceite a sua face, limpa, nua e crua. Mas com a certeza que ela é insubstituível.


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Gratidão


Muitas vezes somos levados pela correria do dia a dia, concentrados tanto nos problemas a solucionar que deixamos de perceber as maravilhas que temos. Quando paramos e deixamos levar pelas coisas boas percebemos que a dor é infinitamente menor.

Mas por que então insistimos em olhar para a dor? Evitamos a dor a todo custo, e de repente só sentimos dor... Limitamos muitas vezes nossa vida para escaparmos da dor, porém muitas vezes escapa a própria vida.

A dor tem papel fundamental na nossa evolução, não estou aqui dizendo que temos de fazer da dor uma presença constante. Nada disso, quero dizer aproveite tudo, inclusive a dor.

Quero agradecer a família que eu amo, aos amigos que são fundamentais, aos professores que me acrescentaram muito, aos amores que vivenciei, as viagens que fiz, as pessoas que eu encontrei, as paisagens que vi, as músicas que ouvi e dancei, as riquezas que presenciei, a fartura que experimentei, a fé que me move, a determinação e o respeito que prezo, as carícias e desejos que provei, as histórias que ouvi e também que contei.

Minha consciência é tamanha que hoje agradeço as pessoas que me usaram e enganaram, a falência e a dificuldade financeira, a morte de pessoas queridas, o coração partido, as relações superficiais, os equívocos e as péssimas escolhas, as dúvidas e incertezas, as decepções e ansiedade.



Sim agradeço as perdas que tive porque elas me tornaram o que eu sou hoje, além de me ensinar a valorizar o que tenho no presente. Cada momento por mais simples que seja é especial, porque nesse momento estou vivendo com a maior intensidade, aceito a sinceridade dos meus sentimentos e tento lidar bem com tudo isso.



Mas se por ventura não lidar bem, faz parte. Não forço mais um comportamento que não é o meu. Sou o que sou e isso me basta, não quero parâmetros e nem modelos para seguir. Quero construir o meu caminho com as minhas próprias referencias, com meus sonhos e minhas lágrimas. Mas estou certo que quando olhar para trás o caminho mostrará um trajeto de trabalho e suor, mas também muito prazer e alegria.



Sou grato a vida pelos altos e baixos, pelo risco e segurança, pelo poder e o compromisso, pelo ser e ter. Principalmente pelo equilíbrio e pelo exagero. O importante que quero sempre viver mais...


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Constatação


Uma constatação que me ocorreu nos últimos tempos, quer dizer me tornei consciente de alguma que sempre me incomodava. Mas como fazia parte do consenso geral, achei que poderia realmente fazer parte da verdade absoluta.

Nesse trecho atesto 3 fatores que tornaram cruciais para mim... Primeiro, me tornar consciente que a vida é mais do que podem nos ensinar, que o mesmo fato pode ser visto por várias maneiras, sendo até uma contrária a outra. Segundo, nós temos a tendência de continuar um consenso sem questionar, mesmo que no fundo você se sinta desconfortável com isso. E por último temos a certeza que se é um consenso é uma verdade absoluta, mesmo que essa verdade não exista...

Depois desses parênteses posso continuar a desenvolver o meu raciocínio, mesmo que sem argumentos lógicos e influenciado pelo meu emocional, acho que vale a pena ser dito. Não busco concordância, mas também não quero polêmica. Talvez um meio termo... Como se alcança isso? Como saber equilibrar se não experimentarmos as extremidades? Quer dizer então que devo viver os dois lados para saber como conquistar o equilíbrio?

Para dizer a verdade também não sei. Mas tento dosar as coisas, como não aceitar nada como verdade absoluta sem questionar. E nem duvidar sem experimentar. Meus preconceitos não podem influenciar minhas escolhas. A imparcialidade é uma virtude, vamos ser sincero é mais ideológica do que prática. Mas mesmo assim podemos nos beneficiar dela... Basta pensar um pouquinho antes de responder de bate pronto. Se você pensar aposto que terá uma atitude diferente.

Agora voltando ao assunto. A minha constatação é como existem pessoas que julgam, criticam qualquer pessoa ou fato. Como se fossem superiores e capazes de fazer bem melhor... Porém, não passam de pessoas medíocres... Digo medíocre no sentido de se manter na média, no mesmo patamar dos demais... Essas pessoas não suportam ver as outras se distanciando delas. E também porque é muito mais fácil apontar as falhas e equívocos dos outros do que olhar para as nossas próprias imperfeições. Caem na cilada de evitar suas vidas ao invés de humanizar suas imperfeições e como resultado continuam com uma vida vazia.

Não quero uma vida perfeita, quero uma vida significativa... Não quero a melhor vida, quero a vida da minha maneira... Intensa, desafiante, contraditória, surpreendente, monótona, tranqüila, excitante, marcante, entediante, fugaz... Quero uma vida normal, pelo menos pra mim. E se não concordarem com o meu jeito de viver? As pessoas tem todo direito de discordarem ou até emitirem a sua opinião. Mas eu tenho todo direto de não escutar! Rebeldia? Porque não? Quero a minha própria vida!

Eu ser do meu jeito, não quer dizer ser hostil com os demais. Mas respeitar o meu direito de ser como eu quiser!



terça-feira, 6 de julho de 2010

Criatividade


O maior desafio é criar! Mas criar o que? Toda a criação começa sem o menor sentido e aos poucos vai moldando os nossos anseios e desejos. É uma expressão do momento, daquilo que vem da alma. Podemos retratar todas as nossas emoções numa simples e singela atividade. Todo processo humano está sujeito a receber novos elementos ou novas releituras. Basta alguém inserir à uma simples ação um toque da sua personalidade e pronto temos uma “nova” ação.
 
Antes quero aqui aproveitar e falar um pouco sobre personalidade... Sempre ouvimos falar em personalidade. Mas o que define personalidade? E então o que a qualifica? Bem se partimos o raciocínio pela divisão da palavra personalidade temos personal ou persona que quer dizer pessoal e lidade de qualidade. Sendo assim personalidade nada mais é do que a qualidade pessoal, ou seja, a qualidade que cada um tem. Mas então o que a qualifica como forte ou não... Ai já vai um pensamento próprio: personalidade forte é quem aceita como é, independente do mundo exterior. Escuta seu interior e o exterioriza com satisfação, sem se preocupar com certo ou errado. Não se esconde, não se oculta, não aceita ser o que não é.
 
Só mesmo com o passar da vida, descobrimos o valor da nossa personalidade. Afinal recebemos moldes e modelos da nossa educação formal e informal. E dentro destes modelos são nos colocados como corretos, porém esquecemos de uma luzinha lá dentro que não para de brilhar, mesmo através dos moldes e modelos...
 
É o nosso dom, a verdadeira essência que não se trata de baunilha, como uma vez eu disse... Foi uma resposta criativa a uma pergunta inútil. Pequena coisa porém uma criação própria, com o meu humor característico...
 
Voltando a criatividade que já diz tudo criar uma atividade... Criatividade é ação, é fazer, é conceber uma nova ideia, um novo cenário ou uma nova ótica sobre um mesmo fato. É colocar a sua luz em uma ação qualquer. Nem a padronização escapa da nossa criatividade, quer dizer só com uso de máquinas, porém as máquinas nada mais são do que elementos criados por nós para fazer algo repetitivo, cansativo e nos liberar para o processo de criação.
 
E por que muitas vezes não criamos? Não aceitamos a nossa luz que transforma tudo que fazemos em uma extensão dos nossos elementos próprios? Por que usamos a visão mecanicista quando podemos ser criativos? Por que não usamos moldes e modelos como matéria prima para as nossas próprias escolhas?
 
A vida passa para todos, porém para alguns ela passa com maior significado... qual é a diferença que realmente faz a diferença?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A Montanha


Sei que essa ideia surgiu de um devaneio, em um momento de contemplação e claro, inspiração. Realmente tenho aceito a filosofia como uma maneira de ampliar o meu entendimento, buscar novos caminhos e claro a minha espiritualidade. Estou aqui interpretando o meu pensar antes mesmo de apresentar a minha ideia....

Então vamos ao início, a analogia que eu gostaria de apresentar é o ser humano como uma montanha! Durante a nossa vida percorremos a nossa a nossa montanha da existência, nesta escalada em direção ao ápice, nesta busca pelo crescimento, encontramos desafios, superações, atalhos, cavernas, belas paisagens e caminhos confusos...

A montanha como o ser humano está em constante transformação, claro que uma transformação mais lenta, quase imperceptível... leva anos, ou décadas mas a montanha também sofre transformações. Mas assim como nós exteriormente pode parecer intacto mas internamente está em constante movimento, apresentando uma energia especial que está buscando um equilíbrio. Ou seja, uma formação que apresente os melhores resultados, a nossa evolução.

Nascemos na base da montanha e com o passar dos anos temos a opção de escolher o nosso caminho que pode ser dando voltas em torno da base ou em direção ao ápice. E você optou por qual caminho? Não é difícil perceber que se optou em ficar dando volta em torno da base porque é mais fácil, menos arriscado. Você continua encontrando as mesmas coisas? Satisfeito? A escolha é sua o custo-benefício compete a você avaliar!

Se você quer mais, opte por escalar a sua montanha. Mas tem que estar disposto a encarar os desafios desta caminhada, principalmente as suas limitações interiores pode ter certeza que será no mínimo uma viagem gratificante. Afinal o ápice da montanha é o ponto mais próximo do céu...

Não é uma viagem fácil mas a medida que a sua escalada é percorrida, você vai entrando em contato com o seu maior tesouro e ao mesmo tempo desenvolvendo um amor profundo por si próprio. Um profundo auto-respeito, por todas etapas vividas até aqui e confiança para continuar essa subida!

Acredito que nessa viagem interior encontraremos valores para fortalecer as nossas relações interpessoais. Ou seja, só teremos condições de relacionar com outras pessoas de forma satisfatória quando temos consciência do que realmente somos nem mais, nem menos.

Não podemos ofertar o que não temos. Como viver um sonho se não temos esperança? Como amar sem amor? O amor incondicional só aparece quando sabemos amar, independente de sermos correspondidos ou não.

Só um conselho! Se decidir escalar a sua montanha, não tenha pressa, dê cada passo com paciência e se prenda na corda da esperança, afinal só sentimentos puros nos darão aopio para chegarmos ao ápice.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pensamentos


Já pensou o que é pensamento? Ou por acaso já teve pensamento sobre o seu pensar? Em que você pensa? Ou o pensamento pensa em você? Você é o que você pensa? Ou pensa em quem você é?

Dentro destas perguntas sobre o pensar, o que realmente você pensa? Você usa o seu pensamento para fazer a diferença? Ou a sua diferença está no seu pensar?

O que te faz pensar? Um sonho? Um desejo? Um problema? Você pensa no seu passado, no presente ou futuro? Como pensar tudo isso sem ficar perdido nos seus sentimentos?

Você é detalhista? Pensa em tudo? Até naquilo que não vai acontecer? Ou você é tranqüilo e pensa naquilo que o momento te pede?

Como extrair o máximo do seu pensamento? Mas para que preocupar com a eficiência do pensamento? Por que somos o que pensamos?

Pensamento, raciocínio e lógica parecem ser semelhantes, ou melhor, características do pensar. Mas assim deixamos, ou melhor, limitamos o significado do pensamento. E os sonhos e as loucuras que fazem parte do nosso pensamento, na verdade é o que não permite que o pensamento em uma função burocrática, chata e entediante. A loucura, o devaneio e os sonhos é que fazem a vida ser mais leve e divertida, que dá espaço para a criatividade, que por si permite a inovação!

Como utilizar a criatividade sem contestar os padrões? Como fazer diferente sem conflitar com os modelos? Como reinventar se não permitir padrões e convicções?

Como pensar sem usar o pensamento para protelar as ações e decisões? Como mudar seus padrões de pensamento sem deixar de ser você! Como querer novos resultados se usamos o pensamento para defendermos nossa atual posição?
Como crescer se não permitimos usar o nosso pensar para mudar o que não está dando certo? Por que não tentar diferente? Por que não assumir o pensar para evoluir? Se temos objetivos por que nunca chegamos lá? Porque estamos preocupados em não perder! Porém só conseguimos perder, contentado com pouco ao invés de confiar na aventura de viver, na transformação de nossas vidas a cada dia! Um novo dia cheio de possibilidades sempre vem!



terça-feira, 8 de junho de 2010

Luz, Energia e Vida



Vivemos uma época de muita informação, bastar procurar e terá o conhecimento. Parece simples, né! Porém não é... Nesse mar de informações, podemos ser tragados por redemoinho de mentiras ou perdidos, sem direção a seguir. Sem mapa ou GPS estamos à deriva ou até mesmo como náufragos em uma ilha de dados qualquer. Esperando ajuda. Mas de quem? Onde? Quando? Como?

Onde encontrar o discernimento entre qual informação é importante e qual devo descartar? Acredito que a resposta está em nosso coração. Quando encontramos o conjunto de dados que de alguma forma se tornam informação que passa a ser relevante, que nos chama atenção, que desperta a nossa curiosidade e instiga o querer mais. Mostra que estamos no caminho certo. Agora sim chego ao título deste texto! A luz, a energia e a vida são como chamas, para estar acesas precisam ser alimentadas e acredito que a melhor forma de alimentá-las é a busca do aprendizado. Ninguém é suficientemente inteligente que não possa aprender algo novo, afinal o universo é tão abundante! E também ninguém é suficientemente ignorante que não possa ensinar algo e assim prestar a sua parcela de contribuição nessa abundancia universal.

A luz serve para orientar o nosso caminho, permitindo enxergar se o nosso caminho continua ou se temos que tomar outro. A energia é o que nos movimenta, que nos leva ao próximo passo. A vida é um conjunto de experiências vividas e ainda por viver.

Mantendo esses três pilares acesos temos condição de encontrar o nosso caminho, mesmo se em alguns momentos encontrarmos espinhos e deixamos cair algumas lágrimas. Mesmo com percalços, continuaremos em frente. A cada tropeço levantamos a cabeça, nos refazemos e voltamos a trilhar nosso caminho...

E que caminho é esse? O caminho do nosso livre arbítrio, ou seja, fazer nossas escolhas. Podemos ser tudo aquilo que quisermos, basta estar disposto a pagar por aquilo que queremos. Bastar estar disposto a pagar por aquilo que se deseja. O pagamento não é através de dinheiro e sim pelo esforço e empenho. Se os seus resultados não tem sido satisfatórios, acho que vale uma reflexão. Estou empenhando o suficiente? Será que eu desejo isso de coração? Ou prefiro me apegar a frustração e evitar com isso a responsabilidade?

Viver é simples, complicado somos nós... A vida é o presente, nem passado e nem futuro. A vida acontece independente dos nossos sonhos e tormentos. A vida segue em frente, não para e nem estaciona. A vida não tem tempo a perder...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Querer


Vem mais um dia e a certeza que tenho é que eu quero, quero muito. É um querer ilimitado, vai do alvorecer ao anoitecer com tamanha intensidade que às vezes assusta. É possível querer assim? Como se de repente faltasse somente isso para você experimentar uma felicidade jamais experimentada e tão sonhada.

Ás vezes parece que falta tão pouco, mas quando você percebe esse pouco é quase um abismo, como transpor? Como alcançar o outro lado, que você consegue ver... percebe todos os detalhes, mas falta o essencial... por mais que seus pensamentos tentem lhe remeter aquele lugar que está tão perto, porém é tão longe... como fazer? Essa é a questão tão perturbadora que tenta afugentar meus sonhos... mas eu não quero desistir... quero estar lá! E pra lá eu irei...

Eu quero e quero cada vez mais... não se apaga o meu fogo do querer, por mais que os ventos das incertezas soprem. A chama que me incendeia, me ilumina e me orienta mesmo nessa escuridão que cerca o caminho até o meu desejo. Quero porque quero... E nada me fará pensar o contrário. Não preciso de justificativas só de querer...

E eu quero, ah como eu quero! Quero, quero e quero! Por mais que pareça não ser possível, mais eu quero! Quase sem querer quando percebo, eu quero! Posso tentar achar muitas razões, inventar muitas racionalizações para tentar diminuir o meu querer, mas não dá... Nada e nem você, me farão desistir...



A vida me ensinou que a força que me impulsiona é a força do querer. Então, uma certeza que eu tenho é que parado não vou ficar. E como o mundo tem mania de dar voltas e sempre nos coloca de frente aos caminhos que queremos percorrer... Me preparo para aproveitar esse momento. Enquanto espero! Eu quero!



quarta-feira, 12 de maio de 2010

Doce Desejo



A vida sem brilho, momento sem magia como contentar com pouco quando se quer muito mais? Como não atender o apelo de um desejo latente, que transborda de pura emoção? Como controlar a impulsividade se ela representa o que quero? E por que não me dá o direito à impulsividade? Quais as armadilhas do desejo?

É estranho falar em desejo e enumerar algumas atividades como não atender, contentamento, controle e armadilha. Mostra um lado obscuro do desejo... Como evitar o que se almeja? Aquilo que faz seu coração bater forte, os seus olhos brilharem, a disposição surgir das cinzas, além de todo obstáculo tornar apenas um mero contratempo...

Vou tentar enumerar as minhas impressões sobre o peso, a forma, o sabor, o gosto do desejo representa. Antes de começar a falar a minha opinião, vou partir meu raciocínio da definição do dicionário. Desejo: Vontade de possuir ou fazer algo. Apetite sexual. Anseio, ambição.

Realmente quem não almeja algo... Um objeto, uma realização ou até mesmo uma experiência? E o desejo sexual então? Quem não quer ter uma vida sexual repleta de sabores, além de dividir com alguém especial? Quem não busca melhorar, aprender e fazer melhor ou até mesmo conquistar novos sucessos?

Alguns desejos são passageiros, outros não! Já ouvi dizer que desejo é volátil... mas será? Claro que alguns desejos mudam, outros são esquecidos, outros se transformam e outros não passam de simples impossibilidades. Mas existe uma outra categoria que são os desejos que nos motivam, nos fazem trabalhar e superar obstáculos. Afinal alguém dúvida da força de um desejo?

Se desejo nos coloca para frente, nos faz enfrentar situações inusitadas e também inesperadas para alcançar determinado anseio, por que então que muitas vezes impedimos a nós próprios de realizarmos os nossos desejos? Por que insistimos em arrumar contratempos e protelação dos nossos ensejos?

Sempre tem algo dentro da gente que questiona nossas ações, nossas atitudes e claro nossos desejos. Muitas vezes não achamos preparados, algumas vezes achamos que não merecemos e outras vezes receio pelo que possa acontecer. Afinal o desejo pode acarretar algumas situações não esperadas... fazendo nos fazer perder o controle. Mas o controle de que? Da conformidade? Da segurança?

Realmente desejo não tem nada haver com conformidade, segurança, ou até com razão... é algo mágico que transforma tudo, isso quando estamos dispostos a arcar com as conseqüências. Quando sabemos o que queremos e vamos atrás do desejo, temos que ter consciência que há dois resultados: conseguir e fracassar... mas mesmo fracassar tentando do que aceitar o fracasso tem sem tentar e ficar criando expectativas que poderia ser diferente.

Melhor ouvir um não do que ficar iludido com um talvez... realmente o talvez é tentador, poder fantasiar o acontecimento com as melhores cores possíveis, mas mesmo assim continua o buraco, a falta! Continuando a realidade dura e fria é melhor do que a doce e colorida fantasia, porque a não realização de um desejo, nos permite correr atrás de outro. Enquanto a fantasia nos prende no mesmo lugar e também a aceitar o irreal.

Muitas vezes o desejo é colocado como algo errado, mas é errado desejar? É errado quer o melhor? É errado querer viver uma vida de realizações? É errado querer largar tudo só para ver o sol poente? É errado querer um tempo para si próprio? É errado querer estar entre amigos? É errado querer viver um grande amor? É errado ter uma aventura?

O desejo muitas vezes está ligado ao erro porque vivemos em sociedade, ou seja, compartilhamos alguns momentos e situações com outras pessoas. E algumas vezes atender um desejo vai contra ao desejo alheio. É engraçado como algumas vezes a sua felicidade é a dor do outro, mas será mesmo?

Cedemos nossos sonhos e desejos para que o outro sinta seguro, se sinta bem. Mas será que é tão terrível atender nossos ensejos? Será que vamos acabar com alguém porque simplesmente mudamos o nosso destino? Ou fazemos algo diferente hoje? E por que o outro sempre acha que não estamos pensando neles? E por que devemos pensar somente neles?

Quem nunca se sentiu injustiçado porque sempre pensou no outro e nunca foi valorizado? É quando não temos retorno das nossas ações sempre cresce um sentimento ruim da insatisfação, você percebe que seu potencial está bem aquém ao que você poderia. E custa caro! Será que a outra pessoa tem condições de arcar?

Desejo que você tenha muito desejos e que possa realizar!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dores e Tormentos


Hoje escolhi falar de algo que sempre foi difícil de lidar... Sabe aqueles momentos que você se sente tão irrisório, fraco, perdido e é tragado por uma sensação de incapacidade perante a vida? Quando você não tem respostas, não tem a quem recorrer e a sua fé está abalada? Começa a surgir mil e uns porquês ou hipótese... a busca por razões que muitas vezes não era para resolver o problema e sim se esconder dos problemas e as dores do mundo.



Eu sempre tento seguir em frente sem olhar para trás, na esperança de todos os meus problemas ficassem enquanto eu ia. Mas as dores e tormentos são companheiros fiéis sempre ao seu lado, muitas vezes se fazendo de lembranças, esperando apenas uma distração sua para se fazer presente e latente. A dor se transforma em lágrimas, através de um choro silencioso, nos mostra que algo não foi resolvido. Sou como uma lagoa quem olha por fora parece calma e tranquila, mas por baixo está a mil, borbulhando de emoções.



Por mais que você insista em andar pra frente, não deixa a mochila da dor e da culpa para atrás. Carregando por todos os passos, um peso insuportável. Mas você insiste em carregar para não mostrar a sua fraqueza, que sente dor! Como não sentir? Como não ser afetado por uma dor, por uma tristeza, por uma perda? Como olhar um novo caminho, senão saímos do cruzamento das nossas emoções esquecidas?



Como seria perfeita a vida sem dor... mas como esperar a perfeição se ela é um ideal, e como o ideal não passa de nada além um sonho vago? Um desejo sem qualquer certeza? Quem garante que o ideal nos trará felicidade? Ah tão sonhada felicidade... mas o que é felicidade? Um conceito além de subjetivo? Talvez? Eterna ou momentânea? Complexa ou simples?



Como qualquer outra pessoa, busco a minha tão sonhada, irrevogada e inquestionável felicidade. Mas como ela é pra mim? Sinceramente não sei, ainda não descobri... ou será que descobri e a perdi? Ou quem sabe nem achei? A felicidade é inerente ou só pra poucos? Está ligada a condições externas ou internas? É prazer ou posse? É amar ou ser amado? É o caminho ou o destino? Somos bombardeado com tantos significados, talvez pela nossa cultura de massa ou pelo apelo mercadológico que nos trata como pluralidade e esquece a nossa singularidade.



O que me faz feliz? É uma pergunta que não me sai da cabeça. Só não encontrei a resposta, mas garanto que não está no atormento e nem na dor. Mas também não é entorpecendo que vai encontrar. Cada lágrima um sorriso, cada emoção uma ação, cada palavra um pensamento, cada dia uma oportunidade. Assim como comecei eu termino com perguntas e sem respostas...



Faltam atitudes, mas estou correndo atrás... a felicidade ainda que tardia será por mim experimentada. Espero um dia poder expor a sensações, emoções e desejos que a felicidade tão sonhada bater a minha porta! Toc Toc!



 

terça-feira, 4 de maio de 2010

Quando a vida faz sentido


Para quem não sabe o meu trabalho me possibilita muito além de recursos, desafios e suor. Eu tenho o prazer de conviver com o universo infantil e sempre encontro nele conforto e alegria, sem contar animação contagiante.

Realmente a vida era mais simples. Vivíamos o nosso presente sem carregar culpa, sem interrogações complexas... Demonstrávamos com sinceridade o nosso gostar, os nossos anseios e sonhos.

Quando estou em contato com elas gosto de reparar a sua alegria, o seu sorriso sem nenhum motivo aparente. Só pelo prazer de estar com os amigos!

Sempre tive muita facilidade em lidar com criança, posso dizer sem falsa modéstia que encantava todas. Mas encontrei um desafio que me perturbou muito, uma criança que não ligava para mim... Claro que ele tinha seus motivos, mas isso era terrível para mim.

O começo não foi nada fácil, várias vezes me perdi. Perdi meu controle e o pior a minha confiança. Chegava em casa com raiva, chateado, inseguro e triste. Sempre me questionando: como assim não consegui.

Foi o meu maior desafio, desafio de titãs! Mas hoje posso dizer que ele me ensinou muito. Vendo a sua alegria, a sua inquietude inerente a idade, a sua inteligência e o seu carinho. É você já perceberam que ao invés de conquistar eu fui conquistado! E não me arrependo um instante se quer. Ele me mostrou que a vida pode fazer sentido quando você se permite se deixa levar pela vida. Sempre tento manter vivo esses ensinamentos.

Se por acaso você deparar com um desafio, não tente decifrá-lo logo de cara. Se permita vivenciá-lo, aprender tudo que este momento tem para ensinar. Sorria porque o seu sorriso pode ser instrumento de transformação na vida de alguém.

Só mesmo a pureza e a sinceridade de uma criança para abrir meus olhos e me mostrar que a vida faz sentido, mesmo quando não faz sentido algum. O sentindo está nas nossas subjetividades, assim como o sorriso!

Hoje tem momentos que chego a acreditar que a busca por conhecimento nos afastou da sabedoria. Vamos atrás da complexidade quando a felicidade está na simplicidade. Do que adianta ter material e não ter quem amar?

Feliz é aquele que busca dentro da sua simplicidade, um sorriso que retrate a sua alegria. Isso já te aconteceu antes?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Canja

Olho para o infinito e límpido céu azul mas só enxergo nuvens carregadas. Ao invés de contemplar o dia maravilhoso, corro para esconder da tempestade mesmo sabendo que as nuvens são fruto da minha imaginação, mesmo consciente que não vai cair um pingo. Prefiro a cautela afinal como a canja de galinha não faz mal a ninguém.
 
Hoje tenho dúvidas se a cautela ou a canja não fazem mal... Assim como eu, você já experimentou momentos de dúvidas e incertezas que de alguma forma tiraram a cor do instante, na procura pela segurança perderam várias oportunidades de contemplar o colorido todo especial que a vida nos presenteia.

Quem não suplica uma segunda chance no fundo do seu íntimo, uma oportunidade para mostrar sem ressalvas quem você realmente é. Muitas vezes a cautela faz a gente perder o trem do destino, o medo de perder nos fazendo perder! Um sorriso, uma vitória, uma alegria, uma conquista se desfez pela cautela, pelo excesso de cuidado ou pelo zelo.

É estranho você perceber que a cautela faz mal e muito mal. Por mais que você se arrebente de cabeça, sempre terá o prazer da aventura. Ser comedido é aceitar uma limitação ilusória ou aceitar uma derrota antes de começar o embate. O importante é participar, às vezes podemos sair derrotados mas sempre querendo sentir o sabor da vitória.

Às vezes entramos em um ciclo vicioso que nos suga por completo, nos leva a força, a confiança e a fé. Nos deixando presos em um emaranhado de conflitos e incertezas provenientes da cautela e do zelo conosco mesmo. Então a sua defesa é se negar a viver? Aceitar ser telespectador se você pode ser protagonista? Por que aceitar pouco se você pode muito mais? Para que buscar um defeito num lindo pôr-do-sol?

O segredo é aceitar a maravilha da imperfeição. A imperfeição da vida e da nossa condição humana, que na verdade é o tempero da vida! Ela que nos movimenta e que nos faz querer ser melhor, através dos erros podemos nos preparar para uma segunda chance, mesmo quando essa segunda chance pode ser a primeira.

Para evitar confusão no entendimento, quando falo que uma segunda chance pode ser a primeira. Quero dizer que as experiências vividas podem ser usadas também numa primeira chance! Mas não importa qual é essa chance, se a primeira ou segunda ou milésima... entre de cabeça, não se esconda atrás da cautela.

E aí ainda acha que cautela e canja de galinha não fazem mal?



sexta-feira, 16 de abril de 2010

Rejeição


Sem dúvidas o pior de todos os pesadelos, a maior de todas as dores e a mais temível das sensações que uma pessoa possa experimentar no seu viver: a rejeição.

Na minha concepção, qualquer pessoa em sua condição humana busca ser amada. Porém, muitas vezes nessa procura incessante pela vida encontramos  a rejeição, ao invés do amor.

Quem nunca se sentiu rejeitado? Mas o que é rejeição? Quem é essa que teima em me fazer péssimo? Que sempre tenta me afastar do meu sonho? Ou pior de mim mesmo?

Quem espera um texto explicativo, já aviso que vai sair com mais perguntas do que respostas. Porém, são as perguntas que tem a capacidade de transformação. Mas como fazer então?

Entender que por mais que sejamos rejeitados pelas outras pessoas, isso não nos afeta. O que realmente detona é sentirmos rejeitados por nós mesmos. Quando permitimos a rejeição estar presente na nossa auto-relação, é aceitar que não somos humanos, então somos o que? Monstros ou andróides, talvez? Por acaso você esquece da sua divindade ou da sua alma? É o que te diferencia e te dá a condição e a especialidade inerente a todos os seres humanos?

Ainda que tenha errado ou se machucado, isso não justifica retirar a sua humanidade. A sua condição humana te permite refazer as suas escolhas, porém você não se dá essa chance. Por que somos sempre os piores carrascos de nós mesmo? Por que dizemos não a própria misericórdia ou auto-piedade? Ao invés disso insistimos na auto-condenação e autoflagelação...

Algumas vezes não me senti suficientemente bom, mas para quem? Ora para mim mesmo! Quantas vezes tive resultados acima da média, mas era pouco pra mim... Não foram uma, nem duas vezes. Sempre me cobrando mais, sempre tenso e exigente.

Sem falar dos elogios recebidos... porque não podemos receber um simples elogio? Sempre que recebemos, usamos respostas diminutivas, entituladas como humildade... como por exemplo eu poderia ter feito melhor ou não é bem assim. Por que não podemos dizer um obrigado orgulhoso? E ainda completar: realmente eu me empenhei bastante! Será que isso acontece por que não nos aprovamos então não podemos aceitar uma aprovação?

Uma vez me falaram que as coisas que vivemos exteriormente, são reflexos do que vivemos internamente. Ou seja, se por acaso você está se sentindo rejeitado... é bom olhar para dentro e ver se não é você mesmo que se rejeita?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Represa



Um dia percebemos que estamos no limite, a cabeça transborda, o coração preste a explodir, as emoções em ebulição ao ponto de não saber qual é qual, muita confusão misturada às duvidas e incertezas. E como se fossemos uma represa preste a romper...

Tudo porque você passa pelos seus sentimentos sem ter dado a mínima atenção, seja na tentativa de se entorpecer a dor ou até mesmo pela dúvida do que fazer... como eu queria que as coisas fossem diferente, mas como mudar? Como ter de volta aquilo que eu deixei escapar por entre os dedos?

Mesmo sabendo que tudo é responsabilidade minha, como fazer diferente? Como pensar em algo quando a cabeça não pára? Como fazer algo sem pensar? O que podemos esperar de uma represa que apresenta inúmeras fissuras e rachaduras? Mas por que então não arrebenta?

Sinto vontade de gritar, mas a voz não vem... Vem só a sensação de estar prestes a estourar, não consigo entender como aguentei guardar tudo isso! Só sei que o peito dói, os olhos ardem e nada do tormento virar lágrimas...

Decepções, desilusões, amargura, mágoas, dor, tristeza, dúvidas, incertezas, incapacidade, perda, erros lembranças, desejos, falsos momentos. Tudo que eu quero é diminuir essa pressão interna, acabar de vez com essa represa e com os sentimentos errantes que insistem em perturbar e atrapalhar meu novo rumo.

Não quero mais! Vou acabar com esta represa, nem que seja arregaçando as mangas e tirar pedra por pedra. Preciso recompor e restabelecer o rumo da minha vida... Preciso libertar as minhas sensações, desejos, dúvidas, emoções até aqui represadas.

Não suporto mais me segurar, por mais que eu queira acreditar não tenho mais força. Quer dizer força eu tenho, mas não quero mais! Quero me libertar da minha própria opressão e dos meus próprios fantasmas, entrego a minha vida ao acaso, ingrediente principal da vida...

Um dia ousei acreditar que controlava a vida, até ela me mostrar que não era bem assim. Nesse dia fechei os olhos para não ver, tampei os ouvidos para não ouvir e distanciei o coração para não sentir... e muitas vezes tentou me mostrar essa realidade mas eu não quis ver! Afinal tenho planos, sonhos e projetos! E será que se oprimindo, você conquista o controle da sua vida? Não!

Acredito que por mais que alteramos o curso do rio da vida, ele sempre vai chegar ao seu destino: o mar! E o mar nada mais é que o ambiente de abundâncias e possibilidades que qualquer um pode viver, assim que você desistir da sua visão míope e limitada que insiste em ter.

Deixe seu rio correr através das suas escolhas, escolha o que seu coração disser mesmo que isso possa ir de encontro com escolhas passadas. Uma vez escolhido não quer dizer, que não possa ser substituído ou mudado. Escolha o seu coração mesmo sob forte pressão... Te garanto que não chegará nem perto da insatisfação por não ter escolhido você.

Se solte das suas próprias escolhas, escolha diferente nem que seja uma vez só para ver o que pode acontecer! Mude nem que seja de canal, mude nem que seja por indecisão

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quando um amor se desfaz


Há meses venho elaborando não este texto, mas os meus sentimentos... tentando recolocá-los em ordem e com isso me refazer. As perdas que acontecem em nossas vidas sempre nos deixam uma cicatriz, mesmo minúscula, pode ser que ninguém mais veja... mas você sabe que ela está ali.

Não é secreto que ainda sofro consequências pelo fim de um relacionamento, de um amor ou paixão, sinceramente não sei como definir ou talvez nem queira. Por que perder tempo procurando definições? Quando estou aqui para fechar uma página, encerrar um capítulo.

Essa experiência por mais dolorosa, foi gratificante! Nunca tive tão próximo da minha verdade. Após dias de aflição, de dor, de saudade e reflexão descobri que tenho de lidar comigo mesmo e que a minha felicidade depende apenas de mim mesmo. Lidar com a solidão é difícil até você perceber que não está só! Quantas vezes tive medo de estar frente a frente comigo mesmo e hoje o que mais gosto é estar na minha companhia...

Hoje sinto uma leveza e uma liberdade incomparável e por quê? Porque aceitei o meu jeito de ser, minhas limitações e meu desejo de superar. A minha insatisfação própria, tem me levado a experimentar, contestar, buscar, lutar enfim abrir novos caminhos... O meu crescimento aconteceu e vai acontecer porque me abri para a vida, não a que desejo e sim para a vida plena com seus picos e vales ou quedas e como por inspiração sempre que cair, estarei me levantando. Afinal é na queda do rio que ele ganha força.

Descobri a minha força está no amor pela vida, pelo desejo de viver tudo que há pra viver... como diz a canção! Busco ecoar por toda vida o meu desejo por ela. Escrever a minha história com dores e lágrimas porém marcada pela minha determinação e persistência em encontrar momentos de alegrias e sucessos, momentos significantes e marcantes. Além de sorrir por estar vivo.

Em sinal de encerramento, de ponto final. Quero dizer que não tenho ressentimentos, talvez dúvidas e saudades... Mas não tenho amargura, não desejo mal a ninguém. Pelo contrário desejo do fundo do meu coração, toda a sorte do mundo. Que o caminho seja florido e bonito, que a vida seja recompensadora e justa, que as dificuldades da vida sejam apenas mais um degrau e que os seus sonhos sejam o tesouro a ser encontrado.

Quero agora olhar o outro lado: a excitação e a alegria de um novo começo, que só depende de mim! O amor por mais intenso pode chegar ao fim, mas a sua capacidade de amor não... persisto em amar!

Mesmo porque tenho a certeza que não foi amor o culpado por tudo. Pelo contrário, foi o amor o responsável por tudo: por uma história intensa e forte! Que teve lagrimas e sorrisos, encontro e desencontros, guerra e paz... que teve de tudo principalmente amor!

Insisto em levantar por mais que eu sofra. Porque sei que sou o escritor da minha história e por mais que insistam em mudar os rumos da minha vida, sempre buscarei o meu final feliz.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Relacionamento Amoroso


Não sei se estou apto a falar qualquer coisa sobre o assunto, mas pelas as minhas experiências posso compartilhar algumas dúvidas, impressões e deduções. Alguma coisa eu tinha que aprender nessa balança de erros e acertos.

Começo afirmando: não existe fórmula certa ou mágica, pelo contrário é uma tarefa cansativa e árdua. Mas como todo esforço pode ser recompensado... Qual ser humanos não procura um grande amor? Um amor avassalador capaz de revirar a sua vida? Amor ou paixão? Paixão ou amor? Alguns dizem que paixão não é amor, mas eu não vejo um amor que não passou pela paixão.

Vou parar essa discussão entre paixão e amor, porque hoje eu quero falar de relacionamento, claro que dentro do relacionamento temos paixão e/ou amor, mas isso compete a você avaliar. Quero falar do que acontece quando duas pessoas se relacionam, é o momento chave onde o amor cresce ou morre de vez.

Se pegarmos como ponto de partida o pressuposto que duas pessoas se relacionam, temos então a conclusão óbvia que dois não são três ou quatro. E por que às vezes parece que todos fazem parte menos você? Por que fulano diz isso, beltrano diz aquilo e você o que diz? Alguém perguntou? Ou quer saber? Sempre tem um dando palpite onde não é chamado e pior se acha no direito afinal é mais experiente, é mais amigo, quero o seu bem... enfim sempre tem uma desculpa para se intrometer.

Outro pressuposto é que se duas pessoas estão juntas, algo elas tem em comum. Ninguém fica onde não quer ou com quem não quer e nesse caso querer é algo importante, afinal não existe amor sem querer. Você se relacionaria com alguém sem querer? Imagina você ter que conviver com alguém que você não suporta... É amor também é escolha.

Relacionamento tem de ser nutrido e cuidado para desenvolver, porém não basta só amor. É preciso ter paciência, tolerância e respeito. Olha eu aqui falando de paciência, como se eu fosse o paciente! Mas hoje sei o que eu preciso trabalhar. Voltando a falar de relacionamento, temos de ter consciência que são duas pessoas diferentes com as suas individualidades e singularidades. Só a paciência para entender o outro, a tolerância para encontrar um meio termo e o respeito para fazer tudo acontecer. Quando acontece algo que abala o respeito, atrapalha tudo, infelizmente respeito é quem nem cristal. Basta apenas um arranhão para danificar e ele nunca se restaura.

Ai aparece o que acredito ser a maior dificuldade em um relacionamento: as expectativas. Já é difícil lidar com as suas próprias expectativas e de repente tem que lidar com as expectativas de outras pessoas e pior expectativas de outra pessoa sobre você e sua sobre a outra pessoa. Ninguém está aqui para atender às expectativas de outras pessoas e sim para viver suas vidas. Inicia assim a confusão.

A outra pessoa não é solução dos nossos problemas ou defeitos, estar com alguém não quer dizer ter posse, afinal à pessoa está com você porque ela quer e não porque você a obrigou ou a adquiriu em suaves prestações. Onde você colocou o certificado de propriedade? Ou pelo menos está registrado em algum cartório, através de um contrato gaveta?

Acredito que um relacionamento envolve 3 vidas, isso mesmo 3: a minha vida pessoal, a da outra pessoa e um vida comum. E temos que respeitar as características e as necessidades de cada uma, para ter uma relação saudável. Muitas vezes parece que quando se começa um relacionamento os integrantes têm que abdicar as suas próprias vidas, realmente temos que abrir a mão de algumas coisas para encontrar um ponto comum e compartilhar outros, mas isso não quer dizer que você vai desistir de ter a sua vida.

Quando estamos juntos temos uma necessidade, quando estamos separados temos outras. E vamos negar os nossos desejos? Até quando? Até quando não suportarmos mais? Pessoas diferentes têm necessidades diferentes e nem por isso estão fadadas ao fracasso. Para dizer a verdade pessoas que respeitam a individualidade do outro tem mais chance de terem um relacionamento bem sucedido.

Já me aconteceu de ser chamado de egoísta porque escolhi dizer a verdade, em dizer não crie expectativas! Eu sou humano e como qualquer um estou sujeito aos acertos e erros. Não sou príncipe, mas também não sou sapo. Tenho meus momentos de fraqueza e de virtudes, mas estou sempre tentando acertar e aprender. Vivo em um impasse incessante entre razão e emoção. Tenho dificuldades em dizer não para as pessoas que gosto, mesmo que isso me coloque em situações inconvenientes e desagradáveis. Sou fechado, é difícil eu externar os meus sentimentos para outra pessoa. Sou distante quando me sinto frágil e perdido. Mas essas são as minhas características e as suas quais são?

Muitas vezes entramos em um relacionamento com tudo e não percebemos que algumas situações machucam e quando machucam pensamos que faz parte, que amar é sofrer. Porém encontrei nas palavras de Shakespeare algo que me fez refletir: “Amor é alegria. Não tente se convencer que sofrimento faz parte.”

Realmente o sofrimento vem da nossa necessidade de posse e segurança, do ciúme traiçoeiro, do orgulho ferido e do ego inflamado. Quando duas pessoas estão juntas, estão por um sentimento, uma vontade e um desejo, que pode ser momentâneo ou mais duradouro, porém somente a vivência vai poder dizer a sua duração.

É estranho como às vezes a gente passa por situações e momentos que nos deixam profundamente perdidos. Porque às vezes parece que estar se relacionando é um pretexto para você ser julgado pelo atos, ações, palavras e omissões, além de ser vigiado e cobrado exaustivamente. Engraçado você muitas vezes é condenado e sem direito a defesa. E o que você fez de errado? Eu posso te dizer aceitou um compromisso.

O medo de perder só faz a perda acontecer mais rápido. Ninguém consegue conviver ao lado de uma pessoa que usa o medo de perder para invadir, julgar ou condenar as suas ações, desejos e vontades por mais simples que sejam. A culpa aparece para nos transformar em pessoas terríveis e de certa forma manipular nossas ações.

Pergunto tem como algum amor resistir à culpa, manipulação, ciúme e desconfiança? Que energia boa consegue sobreviver a essa frieza? Que momentos bons conseguem aparecer em terreno sombrio?

Sempre dizem que o relacionamento é onde encontramos apoio, porém muitas vezes não é assim... Algumas vezes encontramos pessoas que não apóiam o crescimento da outra, pelo medo de perder. Mas qual é o custo de ter uma pessoa frustrada ao nosso lado?

Acredito que o importante é sempre apoiar a pessoa que está do nosso lado, mesmo quando isso possa significar a sua partida. Apoio nos bons e maus momentos. Por mais que a dor do rompimento seja difícil de superar, é melhor saber que para aquela pessoa eu fiz a diferença. Mesmo que não pareça...

As pessoas que amamos, são as que mais nos machucam. Por quê? Porque esperamos dela algo bom, positivo (expectativas). Porém, a realidade pode ser bem diferente.

Outro problema é a comunicação. Que casal hoje se comunica bem? Sempre parece que tem algo mais por de trás de uma simples fala. Estamos sempre à procura do que está sendo dito nas entrelinhas. Nossa que desgastante! E quando falamos e não somos compreendidos? Parece que estamos falando outra língua, javanês talvez. Não seria mais simples dizer ou ouvir o que se sente?

Toda confusão porque esperamos da pessoa, algo que é nosso. O vazio que de certa forma existe dentro de cada um, não é responsabilidade de ninguém mais do que nós mesmos. Não tem como passar essa responsabilidade adiante, ela é exclusivamente sua. Encare que a pessoa amada não é o que você quer.

Ter um relacionamento não quer dizer que você passou o comando da sua vida para outra pessoa, ela pode te aconselhar, te mostrar, te indicar. Mas se você vai por esse caminho é escolha sua somente sua, ela sempre será sua. Não adianta depois querer responsabilizar a outra pessoa pelas suas escolhas, então não aceite escolha feita, faça a sua.

Quando tenho um relacionamento não busco uma professora, uma terapeuta, uma contadora, uma bancária, uma estudante, uma administradora, uma juíza, uma política, uma advogada ou uma secretária. Busco sim uma pessoa para viver uma história ao lado, independente se durar anos, meses ou até dias. Não me importa o tempo, porque entro em todas com a mesma intensidade.

Também acredito que um relacionamento não tem cabeça, e não é por ser homem que eu quero ser. Acredito sim, no relacionamento como parceria, onde as duas pessoas têm fundamental importância. Tendo o mesmo peso nas suas decisões e buscando sempre escolhas onde sempre os dois saem ganhando.

Como se trata de uma reflexão, esse texto se trata de um relacionamento ideal na minha concepção. Posso estar errado e sei que estou longe do ideal, mas de uma coisa tenho certeza, se tivesse esse conhecimento há anos atrás teria feito tudo diferente ou não....

quarta-feira, 17 de março de 2010

Nossa Senhora



Mês de Março, mês da mulher, e eu não poderia deixar de homenagear as mulheres que fazem parte da minha vida, mas como seria um texto longo para falar somente um pouquinho dessas pessoas maravilhosas, que trazem muita alegria, apoio, emoções e claro algumas confusões... Resolvi falar de uma em especial que de certa forma representa o amor que tenho por todas.

Hoje quero falar um pouco sobre a minha fé, não estou aqui para impor, pregar ou convencer ninguém a nada. Meu propósito é apenas discorrer o meu sentimento, a minha devoção e adoração a figura imaculada de Nossa Senhora.

Cresci em uma família católica e aos poucos fui conhecendo através de pessoas marcantes, as maravilhas de uma mãe zelosa e protetora. Aprendi que a força do amor desta mulher representa uma enorme devoção à família e as pessoas amadas, se fazendo presente nos momentos bons e ruins.

Esse amor que tanto admiro e que de alguma forma inunda o meu ser, é o que me dá forças e motivação para viver! A Nossa Senhora fortalece a minha  crença em Jesus e na minha própria pessoa. Ela me faz acreditar que o amor é sim instrumento de transformação, proporcionando sentido a vida e conforto nos momentos difíceis.

O amor e a devoção por ela me faz sentir especial e singular, afinal nela encontro conforto e serenidade, meu porto seguro. Pela sua interseção rogo todos os dias, pedindo as suas abençãos no meu caminho e nas minhas escolhas. Busco inspiração nesse amor que acredito ser ideal e que só mesmo estando acima das confusões mundanas me serve de guia.

Peço sempre saúde e inteligência para seguir o caminho do bem, levando sempre o bem às pessoas que encontrar em minha vida e que ela também me mostre sempre o lado bom dos acontecimentos da vida, fazendo enxergar muito além do que meus olhos conseguem ver. Amando mesmo as pessoas que de certa forma nos fazem mal, porque o amor liberta enquanto o ódio prende... É questão mais de inteligência do que de amor afinal para que você quer ficar acorrentado com quem não te faz bem?

Nos momentos difíceis e nublados espelho no amor de Nossa Senhora para alcançar luz e coragem para seguir em frente. Superar obstáculos e limitações tem mais haver com amor do que com luta. É impossível não crer em ti, não posso te ver mas posso te sentir... Com bondade me acolhe e me faz merecedor do seu amor.

Bendita entre as mulheres que amam seus filhos e com esse amor conseguem transformar lágrimas em riso, trazendo luz onde há escuridão e esperança onde há desespero. Amor incondicional capaz de perdoar e acolher quem precisa de apoio e inspiração.

É esse ideal de amor que me guia na viagem que é viver. A certeza da sua presença em minha vida, através de suas bênçãos, me fortalece a crença numa vida justa e significante apesar de todos percalços.

A simbologia do amor maternal, incondicional e inquestionável são uns dos meus pilares que constituem a minha fé, que acredito ser como personalidade na qual cada um constrói e molda a sua conforme suas experiências. Os meus pilares são as minhas ferramentas para lidar com o mistério da vida, além de fortalecer e enriquecer o meu espírito.

Homenageio a mãe de Jesus com o que tenho de mais puro e nobre, com a minha singularidade, com toda a minha condição humana e com tudo que faz a vida ter sentido: o meu amor! O meu amor é devoção, é adoração!

Não consigo entender como tem gente que despreza ou odeia a sua imagem. Mas mesmo assim ela nos dá uma lição de amor, amando aqueles que não reconhecem o poder do seu amor.

Só posso terminar esse texto reafirmando à minha devoção à Nossa Senhora, amor sem fim.


quarta-feira, 10 de março de 2010

Simplesmente Complicado


Entre ideias e conceitos, me surge uma característica que posso dizer que seja própria e que faz todo sentindo. Talvez pelo momento que estou vivendo ou pode ser uma característica original e não momentânea...

Não é fácil aceitar algumas situações, defeitos ou falhas sejam nossas. Mas estar consciente delas faz toda a diferença e como continuo nessa viagem de auto-conhecimento, deparei com esse aspecto que tanto me chamou a atenção, tá certo não foi o primeiro e não será o último aspecto que me levará a escrever e refletir sobre o mistério da vida.

Antes quero ressaltar a importância de reconhecer nossas fraquezas, defeitos e falhas. É o primeiro passo para o nosso crescimento. É o ponto de partida, é a referência para trabalhar nossas atitudes buscando novos acertos e horizontes. O erro pode ser o primeiro passo para a realização dos seus sonhos, só depende de você.

Bom, voltando a falar da minha pessoa e da tal característica que me qualifica e me define: simplesmente complicado! Simples assim. Entre sonhos e realidade, desejos e possibilidades me protejo na complexidade das incertezas e dores que povoam a minha mente.

A falta de paciência devido ao excesso de ansiedade, misturada a uma sociedade crítica e imediatista, bombardeada por um sensacionalismo hipócrita e barato, além de valores voláteis e descartáveis. Montam um cenário complicado para a construção de uma personalidade própria. Está vendo? Estamos cercado por complexidades por todos os lados.

Quem me dera ter a minha complexidade definida apenas por fatores externos, seria tão fácil jogar as responsabilidades na atual conjuntura do mundo. O que na verdade não passa de meia verdade... Afinal você nunca deixou de fazer algo porque sua cabeça doeu, ou porque não tinha condições...

A complexidade passa aqui dentro: no conflito do teórico e prático, das expectativas e resultados, do conformismo e a necessidade de mudança e também das obrigações e desejos. Além de querer abraçar o mundo, sem querer largar nada. Como ganhar sem perder, esse é o meu dilema. Mesmo a vida me escapando entre os dedos, insisto em segurar, em segurança. Mas que segurança posso ter?

Como abrir espaço para o novo, mesmo incerto e duvidoso pode trazer outros horizontes, se me agarro até ao que não tenho mais? Por que não largar o barco à deriva? Uma coisa posso dizer: o barco pode afundar mas não abandono os meus... Em que ponto a lealdade vira burrice? Quando uma situação não tem mais volta? Até quando insistir em dobrar as páginas da vida, na esperança de voltar e refazer a minha história, quando o tempo passa e não volta? Além de existir inúmeras páginas a serem escritas.

As vezes a complexidade não está numa situação e sim na forma como olhamos para ela. Alterando a sua percepção, você pode encontrar outros significados e oportunidades que em um primeiro momento parecia impossível.

Ao invés de ficar aqui tentando achar razões, seria mais fácil admitir que sou simplesmente complicado. Bom, hoje fico por aqui antes que tudo se torne terrívelmente complicado!