Toda vez que me encontro em
profundo estado de agitação. Sei que vou acabar aqui diante dessa tela... Sinto
um turbilhão de coisas. Sentimentos e pensamentos fervilhando. Invadido pelos
sentimentos avassaladores e inconsequentes que o meu silencio tenta esconder.
Mas esconder de quem? Quem tem o direito de julgar meus sentimentos?
Cansei de viver uma realidade que
não é minha. De ter um sentimento que não é meu. Fazer uma escolha que não é
minha. Viver uma fantasia para justificar a minha insatisfação para comigo
mesmo, de me deixar sempre por último. Atendendo todas as expectativas alheias,
mas esquecendo de todas as minhas próprias expectativas...
Sou um perfeccionista que está
sempre à espera do momento certo. Momento esse que nunca se faz presente. Por
mais eu deseje, fico sempre esperando que o momento se apresente como um lindo
por do sol se adianta pelo horizonte. Um ex-tímido ainda se acostumando com o
universo exterior, mas que ainda se refugia no seu “próprio” universo.
Encontro na escrita o conforto que
me falta na fala. Sem ansiedade, sem nervosismo. Minhas reflexões ganham corpo
fazendo sentido ou não. Isso depende muito mais do leitor do que do próprio
autor, este humilde que vos fala através deste amontoado de sinais gráficos com
intuito de desabafar aquilo que de uma forma se faz presente em sua alma.
O mais legal da minha forma
peculiar de escrever é como eu passo de primeira a terceira pessoa mesmo
falando da mesma pessoa... Mas o que realmente importa não é em qual pessoa
estou falando mais o que estou falando, isso se é que existe alguma importância
no que tenho a dizer...
A cada dia que passa fica
evidente, claro e cristalino que nossas ações estão atreladas ao julgamento alheio
ao invés do próprio julgamento. Pessoas que não conhece o nosso íntimo, o nossos
desejos, anseios e limitações. Sempre procurando uma forma de nos controlar, de
suprimir nossas vontades e objetivos. Até quando? Você vai ficar ai parado?
Deixando a culpa, a insegurança e o medo dominar suas aspirações...
A caminhada começa com o primeiro
passo, mas por que justamente esse passo é o mais difícil de dar? Seguir em
frente sem olhar para trás. Abrir espaço para o novo. Ou buscar um sonho de
menino. Tudo pode se eu querer e fizer acontecer. Aconteça o que acontecer. A
responsabilidade será sempre minha mesmo não fazendo nada.
O coração acelera, palpita e vem
à boca. O arrepio invade todo o corpo. O
estomago revira. O desejo dispara. A vontade aumenta. Os olhos brilham. A alma
expande, vibra. A fantasia se faz quase real é como se quase eu sentisse. Mas
as palavras somem...
Perdido em meus desejos e nas consequências
deles para as pessoas. Sim. Nas consequências próprias eu aceito e assumo, mas
não consigo me sentir responsável por consequências negativas para quem está conectada
ao meu desejo.
Ontem tive um sonho...