sexta-feira, 29 de maio de 2009

... EU ...


Quem sou eu? Sou uma apaixonante contradição, ora um ora outro. Mas o importante mesmo é ser, independente de ser assim ou assado... Sou uma história em movimento, um enredo ainda em construção. Uma pessoa ainda em inspiração esperando a sua elaboração.
Sou um lápis que viaja no papel e deixa seu rastros a simplicidade e o entusiasmo de ser único, com minhas fortalezas e fraquezas consigo encantar a minha alma que quer me ver em movimento, em constante ação!

Sonhos e frustrações unidos na esperança da vida ser uma ilusão, porém a vida não é ilusão. A vida é real. Mas o que é real? Num mundo de percepções e instituições o que realmente é real?

Subjetivo é o poder da percepção! Como cada cabeça tem a sua sentença, teremos uma realidade para cada cabeça! O que é real então? O real é ser, sem se importar em ser certo ou errado. tudo é relativamente inegmático!
Temos de viver a dádiva de uma vida de mistérios, onde falta respostas mas sobram perguntas. Logo EU sou um mistério impossível de qualificar ou quantificar. Quantos EUS existem dentro de mim? Cada um com a sua especifícidade, seu charme e seu alento. Opostos convivendo em um. O que não faltam são conflitos! Mas a vida não é conflito?
De onde vem essa insatisfação? Essa sensação que sempre falta uma coisa? Por que pensamos na vida como sendo linear quando ela é exponencial?
Como você pode perceber não consigo me descrever com afirmativas e sim com questionamentos. A vida em torno da dúvida. Não buscamos respostas se não tivermos a dúvidas.
As ilusões nada mais são que respostas bem elaboradas e desejadas por nós. Mas será que a resposta está certa? Mas o que seria de nós sem nossas contradições, ilusões, sonhos e desejos?
Qual a essência da vida... da minha, da sua, da nossa? Onde em você a vida toca com mais força? Como imaginar a vida sem esse toque? Quando a vida te tira o fôlego e o sossego?
Como viver a vida sem ser intenso? Principalmente nas perguntas? Como alguém pode sentir pouco ou não sentir? O que é a vida sem sentir? Me comparo a um lago: calmo por fora, mas borbulhando por dentro. Meu ser borbulha com o desejo de conhecer a vida, mas como ter respostas sem perguntas?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Tem Dias...


Tem dias que tudo que você quer é ser outra pessoa, mas por que será? Por que não podemos ser nós mesmos? Por que neste dia queremos estar afastado dos nossos sentimentos? Nessa loucura para evitar o sofrimento fazemos de tudo para esquecer, de tudo para mudar... mas não fazemos o mais importante nos permitir sofrer.

Mas sofrer? Eu quero é prazer! O prazer de uma vida sem sofrimentos! E isso existe? Imagine como seria a sua vida sem nenhum sofrimento... Sem aquela dor que te deixa atordoado, sem aquela raiva que cega a razão, sem aquela angústia que nos faz refém, sem aquela insegurança que nos deixa desorentado vendo o que não existe.

Imagina como seria bom... não ter sentindo isso tudo! Só alegria, risos e gargalhadas! Você poder olhar pra qualquer momento da sua vida e ver só momentos bons! Quem não gostaria de parar e pensar na vida e constatar só coisas boas! Mas isso existe?
Quantas vezes você já se pegou pensando em como você poderia mudar o seu passado ou como seria o seu futuro? Quantas perguntas surgem na sua cabeça querendo logo respostas sobre o passado ou futuro. E o presente? É dificil encarar a vida e perceber que ela não é um mar de rosas, se bem que rosas tem espinho, assim como a vida. Mas por acaso ela deixou de ser bonita, frágil e encatadora por causa dos seus espinhos?
Para ter uma rosa nas mãos temos que ter cuidado com seus espinhos, pegando com cuidado, carinho e atenção. O mesmo cuidado, carinho e atenção temos que ter com as nossas vidas e com as pessoas que entrarem e sairem dela. Para que esses espinhos não nos machuquem e também para que eles sejam respeitados, mantendo a integridade e a originalidade da vida ou da pessoa.
Por mais que uma situação possa nos machucar ou ferir, ela sempre trás um ensinamento, um amadurecimento, uma nova forma de encarar a vida e seus desafios! Mas depende da nossa postura diante dos acontecimentos, pelo nosso livre-arbítrio, podemos fazer o que bem entendermos com os acontecimentos de nossa vida. Se você quiser carregar o seu sofrimento para onde bem entender como se fosse um troféu, uma conquista! Ou você pode usar esse sofrimento para crescer e amadurecer, como mais uma etapa vencida!
Viver é sofrer! Quem nunca ouviu essa frase? Será que realmente viver é sofrer? Eu acho que não, na vida existe sim sofrimento, existe momentos difícieis e dificuldades. Pare e pense nos momentos em que você conseguiu passar por um sofrimento, pelo luto e continuou a sua vida... Quantas novas possibilidades apareceram? Quantas novas pespectivas?
Não sei como o sofrimento é encarado por vocês, mas sempre tive medo do sofrimento acabar com a minha capacidade de amar. Mas hoje vejo que pelo contrário a cada sofrimento aprendo que o melhor é amar. Amar a vida em todas as suas instâncias, deixar o amor expandir e guiar nossas vidas. Como viver a vida sem amor?
Amar a vida com seus encontros e desencontros, com seus amores e desamores, com suas vitórias e derrotas... Amar sem razão ou explicação, amar por apenas viver ou viver por apenas amar? O importante é a gente nos permitir amar! Amar o dia, a noite, o sol, as estrelas, as pessoas, os animais, os vegetais e principalmente a nós mesmo!

Papel


O delizar dos dedos nos teclados, a cabeça a mil, o coração cheio de coisas... Como colocar todos os sentimentos em ordem? Como? Começar com o que? Falar de que? Como é dificil descrever os sentimentos e pensamentos que estão conflitantes dentro de você. Como colocar esse conflito de forma orientada, clara e objetiva?

Começo a escrever uma coisa, a cabeça diz outra e o coração clama por outra... e ai dá ouvidos a quem? Aos dedos que querem escrever sem o menor compromisso, só parar ver o texto crescendo aos poucos? A cabeça que quer racionalizar tudo, dar justificativas, razões e explicações a uma determinada emoção, sensação que estão percorrendo os dedos para serem descritas? Ou ao coração que sente toda aquela emoção e quer apenas retratar a emoção como ela é, até para sentir um repeteco?

É dificil saber qual opção escolher... Você sente necessidade de colocar seus pensamentos em ordem, sabe que o papel aceita tudo... não questiona nada... é um grande amigo, que não fica cobrando, censurando ou acusando o que você tem pra dizer. Você apenas escreve ali os seus pensamentos, emoções, sensações, frustrações, alegrias como você gostaria de falar, sem se preocupar com questionamentos ou opiniões. Ali frente o papel você é apenas você, sua singularidade mais pura e límpida.

Mas mesmo assim hoje não consigo escrever, não consigo ter a minha singularidade... não por preocupação com o papel, mas porque tenho tanta coisa a dizer que no fim das contas não digo nada. É estranho dizer isso, sua cabeça como se tivesse cheia, seu coração transbordando mas na hora de trasformar isso em palavras... as palavras somem! Você não acha as melhores palavras para expressar da melhor maneira as minhas impressões.

Estranho mesmo é dizer que to aqui para não dizer nada, mas querendo dizer tudo. Deixar no papel essa angustia que assola meu peito, a tormenta meu coração e prejudica meus dedos. Só mesmo o papel para receber isso sem questionar. Fica me olhando esperando eu ter coragem para lhe contar as coisas que vão na alma. Ali aberto a todos os meus pensamentos, meus devaneios, minhas certezas e incertezas.

Mas por acaso você já contou uma história ou um caso para uma pessoa que sabe te escultar? Você conta e ela não diz nada, só te olha com olhos amoros e pacientes e quando você assusta, você falou até o que não tinha pra dizer? É um perigo! Mas o engraçado que quando você experimenta esse prazer de contar tudo que lhe vem a alma sem se preocupar com julgamento alheio, é muito bom. Melhor ainda é você olhar o começo do texto e ver quanta surgiu nesse tempo de compartilhar o sentimento com o papel.
Sabe o que então o que é o melhor do papel? Ele é fiel, quando você retornar ao papel vai estar ali seus pensamentos da mesma forma que foi escrito, sem deturpação, sem novas interpretações, somente a sua. O seu ponto de vista, a sua maneira de pensar respeitada, sem trocar uma vírgula. Só a espera do seu reencontro ou o deleite dos leitores que de alguma forma você permitiu compartilhar.
Mas quem nunca começou uma história já imaginando no fim? Ou quando estava terminando lembrou de algo que ficou por fazer? Escrever por mais racional e estruturado que seja, te dá toda a liberdade de fazer, refazer, apagar, mudar, transformar ou simplesmente rasgar e desistir de escrever.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Cair das Lágrimas Masculinas


Uma lágrima... parece tão simples, mas para nós homens é algo terrível! Aceitar que uma lágrima escorre dos nossos olhos porque nossa alma dói e para ela conseguir rolar a nossa face é porque a dor chegou a tamanha amplitude que não dá mais pra sufocar... como evitar q ela corra? como fazer isso?
Tem momentos que a dor aparece com tamanha força, invade o seu íntimo e apodera de tudo... De repente vc sente os olhos queimando, formando água sobre as palpebras, a vista fica embaçada e tudo que você quer é tirar aquilo tudo de dentro de você. Mas você lembra naquele momento que não pode, afinal você é homem e não pode mostrar a sua fragilidade.
Vira de um lado para o outro, muda de assunto. Olha pra cima, olha pra baixo, respira fundo. Todos em volta sabe que você foi tomado pela emoção, pela dor, pela fragilidade. Mas você acha que se conseguir conter as lágrimas é sinal de fortaleza.
Você vai contra a sua própria natureza e essência em nome de não colocar sua masculinidade em dúvida. Por mais que você saiba que isso te machuca e você quer se ver livre dessa dor, você prende, sufoca enfia essa dor para dentro de você. Não permite que ela vá embora, ao contrário se agarra a ela como sinal de sua bravura e fortaleza.
E essa dor não te abandona e vai com você onde você vá, tormenta, invade, dilacera, machuca. Mas em sinal de força você aguenta tudo calado, e cada amargura que passamos na vida, essa dor escondida vai somando e aumentando nos fazendo sentir pequenos e totalmente frágil.
Nós homens desconhecemos o prazer de deixar a lágrima percorrer nossa face e lavar nossa alma, levando toda dor e tormento para longe. A lágrima insiste em sair e agora o que eu faço?