quinta-feira, 28 de julho de 2011

Angústia


O dia está lindo, apesar do frio, o sol se faz presente deixando o céu azul e iluminado. Mas eu consigo perceber a beleza deste momento? Não! A angústia não me deixa ver mais nada... Só consigo pensar, pensar, pensar... Será que vai dar certo? Será que vai dar errado? Dúvidas, incertezas, suposições... Não consigo viver o meu presente, sem questionar, sem esperar, sem imaginar todas as possibilidades.

Me preparo para um sim ou para um não. Fogos já estão em seus devidos lugares para comemorar o sim, e lágrimas apostos para um triste fim. Afinal na vida, estamos sempre entre ganhar ou perder. Acredito que ninguém goste de perder, mas como ganhar sem arriscar? Estou me arriscando de uma forma que eu nunca fiz antes, mas preparado. Nunca tive tão certo. Se quebrar a cara, quebro com a certeza de que tentei. Nunca tive tão certo do que eu quero.

Enquanto me preparo, sinto um gosto de euforia com uma pitada de decepção. E a medida que o tempo passa a euforia diminui e a decepção aumenta, e a ansiedade? Essa maltrata, me deixa tenso, não permite que eu me sinta relaxado... Que eu possa contemplar o dia com a sua beleza singular, não permita que mude o foco e sinta a brisa, o cheiro, o sabor que o dia tem a me proporcionar.

O sim e o não martelam a minha cabeça com tanta intensidade que não consigo parar de pensar, a imaginação não me abandona me mostrando o que poderia ser de bom ou ruim nessa história e eu ainda cativo observando tudo. Dúvidas e certezas pipocam, ganham força e me confundem. Não sei esperar. Quero muito uma resposta. Um sim ou até um não é melhor do que ficar assim... sem resposta... na incerteza de um novo amanhã, de um texto sem final.

Não quero deixar nada em aberto. Meu coração clama, minha alma pede, meu desejo exige e nada... fico mais uma vez, sem saber. Se choro ou se festejo. Eu quero viver uma emoção independente do resultado, quero sentir vivo. Para continuar uma história ou até mesmo refazê-la. Não dá mais é para esperar que algo aconteça. Triste é ficar esperando algo que não virá! Anos, dias, horas, minutos tem a mesma intensidade quando se espera...

Tento concentrar em outra coisa, afinal a vida é cheia de possibilidades. Cada dia temos a oportunidade de escrever um novo capítulo da nossa história, mas eu tenho outra inspiração a não ser com a mocinha da minha história. Quem mandou também contemplar aqueles olhos brilhantes que não saem da minha cabeça? Naquele momento todas as minhas dúvidas sumiram e me ficou uma certeza... de fazer aqueles olhos brilharem ainda mais!

Mas do que adianta querer? Do que adianta pensar? Sem uma resposta...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

E se?


Esses dias fiz uma viagem pelo meu passado, entre lembranças e recordações me veio uma indagação, uma pergunta, uma reflexão: E se... E se a minha vida tivesse tomado outro rumo? E se não tivesse tudo perdas pelo caminho? E se tivesse coragem para dizer o que eu sentia? E se tivesse ouvido menos a razão e mais a emoção? E se tivesse dado mais atenção aos pequenos instantes? E se tivesse esperado menos ou até mais?
Será que realmente teria outros resultados? Será que teria seguido outros caminhos? Desejo, querer, estima, amor, paixão, valorização... Seriam ingredientes mais presentes?  Como realmente eu gostaria que fosse, ou melhor já é algo que valorizo ou gostaria de valorizar...
Viajei para encontrar razões, certezas... e volto com mais dúvidas! Mas pelo menos com uma certeza: de ser humano! Passível de todos os sentimentos existentes. Com a certeza de toda razão existente sou a cada dia mais passional. Que o fogo da vida me consome com uma voracidade incontrolável. De um descontrole até controlável apesar de questionável e ainda por cima intransferível, de sonhos acordados e realidades fantasiosas...
Nesse vai e vem de razões e  contradições fazemos inúmeras deduções de como poderíamos ter vivido ou aproveitado mais as nossas oportunidades, sem violar a nossa integridade e nossa dignidade. Mas do que adianta questionar? A certeza de que poderíamos ter feito diferente contrasta com a dúvida de como fazermos diferente hoje. Achar soluções para um passado é tão eficiente quanto sentar e ver a vida passar...
Pergunto! E se? Porque é mais fácil do que correr atrás de um tempo perdido. É mais confortante imaginar que tudo poderia ser diferente. Do que correr atrás para diminuir a distancia da realidade com o desejo, principalmente quando envolve os meus sentimentos e de outra pessoa. Não tenho direito, depois de anos de ausência, de reivindicar nada, mas não posso deixar morrer um sentimento que em mim transborda? Algo tão puro e tão forte que às vezes me assusta.
O que eu faço? Vivo esse sentimento ou sufoco até parar de existir? O que é melhor para mim e o que é melhor para ela? E para ambos? Perguntas, perguntas e nada de respostas! A única coisa que tenho certeza é que não quero ficar só na fantasia, não sei quando poderei sentir isso novamente... mas o que fazer? Parece simples, mas é complicado. Mas temos que fazer o que tem que ser feito e dizer o que tem que ser dito... ao menos uma vez!