Mais uma vez sento em frente do PC, olho essa tela branca... Querendo externar todos os meus sentimentos que estão em choque dentro de mim. Precisando colocar para fora e organizar esses anseios e assim aliviar a minha cabeça. Mas aqui, neste instante, a minha cabeça não pára e não sei por onde começar. Pela minha racionalização pobre e fantasiosa ou pela indução dos fatos para a minha melhor conveniência?
Separar realidade e fantasia em dois blocos distintos... Complicado porque há momentos que não sei onde começa a fantasia e onde termina a realidade, os dois blocos se fundem na mais perfeita complexidade. Há outros momentos que fantasia é mais real do que a própria realidade e em outros a recíproca é verdadeira. Mas o que é a verdade? O que eu sinto? O que eu penso? Ou o que interpreto? Mas a verdade está em mim ou nos padrões sociais? Nossa! Quanto mais penso na verdade, mas fico em dúvida... O que é verdade? Será que existe uma verdade absoluta? Ou até mesmo relativa? Esse assunto por mais que penso mais eu aprofundo em retórica...
Decisões... Escolhas... Alternativas... Determinações... Não param de aparecer. Ainda escolho uma profissão que se resume em planejar, organizar, dirigir e controlar. E onde eu encontro a verdade para decidir? Na razão? Na emoção? Nos sonhos? Na realidade? Onde procuro apoiar as minhas decisões para conseguir êxito? Mas para avaliar é preciso mensurar, é preciso parâmetros... Que parâmetros são esses? E quem é responsável por esses parâmetros? Dentro destas perguntas me sobra uma observação: por mais que o processo seja analítico o resultado é subjetivo. O que eu quis dizer com isso? Que a verdade absoluta ou relativa de alguma forma passa pela nossa compreensão de mundo. Ou seja, sentimentos e razões, pensamento e interpretações...
Até agora expus uma maneira racional de questionar a vida. É filosofia? Pode ser... Voltando ao foco, o que estou aqui querendo dizer que há momentos que algumas decisões nos atormentam. Principalmente, quando tudo indica que você tem que tomar um caminho... Mas não era esse o meu desejo... Difícil! Quero insistir, mas tenho que desistir. Será que tenho mesmo? Insistir ou desistir? Ou talvez seja só mais um drama na vida de um exagerado... Sim, assumo que sou extremista... Ou tudo ou nada... Não consigo ficar em um meio termo, juro que tento. Meu objetivo é buscar um equilíbrio. Um dia quem sabe eu chego lá!
Lendo o que eu escrevi de forma racional, vejo presente muito o meu lado emocional. Basta olhar as entrelinhas... Juro que eu queria escrever algo totalmente racional, mas não deu. É mais uma vez percebo que não há como separar emoção e razão. E como é que faz então? Como colocar em ordem esse turbilhão de coisas que estão na minha cabeça?
Essa confusão gera certa instabilidade. Mas quando a vida é realmente estável? Passado, presente e futuro são faces de uma mesma persona. Conflitos, ideais e costumes fazem parte de uma personalidade instável e individual. Somos capazes de ir muito mais além do que acreditamos. As nossas limitações surgem quando esperamos mais do que podemos fazer e quando nos subestimamos. Como sempre estamos no limite, mas que limite é esse? O limite da nossa compreensão, a vida é muito mais do que podemos imaginar...
Até onde você consegue imaginar?