quinta-feira, 8 de julho de 2010

Constatação


Uma constatação que me ocorreu nos últimos tempos, quer dizer me tornei consciente de alguma que sempre me incomodava. Mas como fazia parte do consenso geral, achei que poderia realmente fazer parte da verdade absoluta.

Nesse trecho atesto 3 fatores que tornaram cruciais para mim... Primeiro, me tornar consciente que a vida é mais do que podem nos ensinar, que o mesmo fato pode ser visto por várias maneiras, sendo até uma contrária a outra. Segundo, nós temos a tendência de continuar um consenso sem questionar, mesmo que no fundo você se sinta desconfortável com isso. E por último temos a certeza que se é um consenso é uma verdade absoluta, mesmo que essa verdade não exista...

Depois desses parênteses posso continuar a desenvolver o meu raciocínio, mesmo que sem argumentos lógicos e influenciado pelo meu emocional, acho que vale a pena ser dito. Não busco concordância, mas também não quero polêmica. Talvez um meio termo... Como se alcança isso? Como saber equilibrar se não experimentarmos as extremidades? Quer dizer então que devo viver os dois lados para saber como conquistar o equilíbrio?

Para dizer a verdade também não sei. Mas tento dosar as coisas, como não aceitar nada como verdade absoluta sem questionar. E nem duvidar sem experimentar. Meus preconceitos não podem influenciar minhas escolhas. A imparcialidade é uma virtude, vamos ser sincero é mais ideológica do que prática. Mas mesmo assim podemos nos beneficiar dela... Basta pensar um pouquinho antes de responder de bate pronto. Se você pensar aposto que terá uma atitude diferente.

Agora voltando ao assunto. A minha constatação é como existem pessoas que julgam, criticam qualquer pessoa ou fato. Como se fossem superiores e capazes de fazer bem melhor... Porém, não passam de pessoas medíocres... Digo medíocre no sentido de se manter na média, no mesmo patamar dos demais... Essas pessoas não suportam ver as outras se distanciando delas. E também porque é muito mais fácil apontar as falhas e equívocos dos outros do que olhar para as nossas próprias imperfeições. Caem na cilada de evitar suas vidas ao invés de humanizar suas imperfeições e como resultado continuam com uma vida vazia.

Não quero uma vida perfeita, quero uma vida significativa... Não quero a melhor vida, quero a vida da minha maneira... Intensa, desafiante, contraditória, surpreendente, monótona, tranqüila, excitante, marcante, entediante, fugaz... Quero uma vida normal, pelo menos pra mim. E se não concordarem com o meu jeito de viver? As pessoas tem todo direito de discordarem ou até emitirem a sua opinião. Mas eu tenho todo direto de não escutar! Rebeldia? Porque não? Quero a minha própria vida!

Eu ser do meu jeito, não quer dizer ser hostil com os demais. Mas respeitar o meu direito de ser como eu quiser!



terça-feira, 6 de julho de 2010

Criatividade


O maior desafio é criar! Mas criar o que? Toda a criação começa sem o menor sentido e aos poucos vai moldando os nossos anseios e desejos. É uma expressão do momento, daquilo que vem da alma. Podemos retratar todas as nossas emoções numa simples e singela atividade. Todo processo humano está sujeito a receber novos elementos ou novas releituras. Basta alguém inserir à uma simples ação um toque da sua personalidade e pronto temos uma “nova” ação.
 
Antes quero aqui aproveitar e falar um pouco sobre personalidade... Sempre ouvimos falar em personalidade. Mas o que define personalidade? E então o que a qualifica? Bem se partimos o raciocínio pela divisão da palavra personalidade temos personal ou persona que quer dizer pessoal e lidade de qualidade. Sendo assim personalidade nada mais é do que a qualidade pessoal, ou seja, a qualidade que cada um tem. Mas então o que a qualifica como forte ou não... Ai já vai um pensamento próprio: personalidade forte é quem aceita como é, independente do mundo exterior. Escuta seu interior e o exterioriza com satisfação, sem se preocupar com certo ou errado. Não se esconde, não se oculta, não aceita ser o que não é.
 
Só mesmo com o passar da vida, descobrimos o valor da nossa personalidade. Afinal recebemos moldes e modelos da nossa educação formal e informal. E dentro destes modelos são nos colocados como corretos, porém esquecemos de uma luzinha lá dentro que não para de brilhar, mesmo através dos moldes e modelos...
 
É o nosso dom, a verdadeira essência que não se trata de baunilha, como uma vez eu disse... Foi uma resposta criativa a uma pergunta inútil. Pequena coisa porém uma criação própria, com o meu humor característico...
 
Voltando a criatividade que já diz tudo criar uma atividade... Criatividade é ação, é fazer, é conceber uma nova ideia, um novo cenário ou uma nova ótica sobre um mesmo fato. É colocar a sua luz em uma ação qualquer. Nem a padronização escapa da nossa criatividade, quer dizer só com uso de máquinas, porém as máquinas nada mais são do que elementos criados por nós para fazer algo repetitivo, cansativo e nos liberar para o processo de criação.
 
E por que muitas vezes não criamos? Não aceitamos a nossa luz que transforma tudo que fazemos em uma extensão dos nossos elementos próprios? Por que usamos a visão mecanicista quando podemos ser criativos? Por que não usamos moldes e modelos como matéria prima para as nossas próprias escolhas?
 
A vida passa para todos, porém para alguns ela passa com maior significado... qual é a diferença que realmente faz a diferença?